Mercado de escritórios de São Paulo registra melhor início de semestre em 17 anos

Absorção bruta cresce 27% no segundo trimestre de 2025, com destaque para setores financeiro e de saúde

O mercado de escritórios de São Paulo encerrou o segundo trimestre de 2025 com crescimento de 27% na absorção bruta em relação ao mesmo período de 2024, registrando o melhor início de semestre para o indicador nos últimos 17 anos. Os dados fazem parte da Pesquisa e Análise de Locação de Escritórios, divulgada trimestralmente pelo Secovi-SP em parceria com a CBRE.

A pesquisa abrange 8,7 milhões de metros quadrados de área locável na capital paulista, com escritórios classificados como alto padrão que passam por avaliação de aproximadamente 100 itens, sendo os principais estrutura para ar-condicionado central, altura do pé-direito e presença de forro elevado.

O mercado de escritórios de São Paulo apresentou volume robusto de novas locações, totalizando 934 mil metros quadrados em absorção bruta nos últimos 12 meses. Esse montante representa crescimento significativo de 18,2% em relação ao período imediatamente anterior.

Setores financeiro e de saúde lideram demanda

Um dos principais motores desse avanço foi a intensa atividade dos setores financeiro e de saúde, que se firmaram como os maiores tomadores de espaços. No segundo trimestre de 2025, esses dois setores foram responsáveis por 37% de todas as locações de grande porte (acima de 1.000 metros quadrados).

As expressivas transações fechadas pelo setor de tecnologia no segundo trimestre foram cruciais para que o segmento mantivesse sua posição de destaque na absorção bruta acumulada nos últimos 12 meses.

Taxa de vacância em queda

A aceleração das novas locações, combinada com a oferta controlada de alta qualidade, contribuiu para nova queda na taxa de vacância geral, de 1,1 ponto percentual nos últimos seis meses. No mercado Triple A, a redução foi ainda mais expressiva, de 2,5 pontos percentuais no semestre, impulsionada pela entrega de novo estoque parcialmente ocupado e por uma absorção bruta acima da média trimestral do ano anterior.

Em termos de oferta, embora o novo estoque entregue no segundo trimestre tenha sido superior ao de 2024, apenas um dos edifícios recém-entregues foi classificado como Triple A, e está localizado em uma região descentralizada.

Preços em alta nas regiões nobresg

O preço médio pedido de locação para escritórios classificados como Classe A/A+ em São Paulo encerrou o segundo trimestre em alta. O movimento foi impulsionado por nova redução na oferta de espaços Triple A disponíveis, particularmente nas regiões da Paulista e da Marginal Pinheiros.

A taxa de vacância em edifícios Triple A na Marginal Pinheiros recuou 1,7 ponto percentual. A região da Paulista registrou queda ainda mais expressiva, de 26,1 pontos percentuais, atribuída a duas locações de grande porte nos últimos três meses.

Mesmo com a elevação pontual da vacância no segundo trimestre em comparação ao trimestre anterior, a região dos Jardins sustentou taxa de vacância inferior a 10%. Consolidada como detentora dos maiores preços pedidos de locação na cidade, a região dos Jardins se destacou como um dos grandes catalisadores para ascensão dos valores máximos no mercado paulistano em 2025.

Retorno aos escritórios se consolida

A pesquisa de retorno aos escritórios mostrou estabilidade no fluxo de visitas, com 80% da amostra apresentando um retorno superior a 70%, impulsionado pela redução do formato híbrido e o retorno ao trabalho presencial.

Os edifícios classificados como Triple A na região da Marginal Pinheiros registraram queda de 0,7 pontos percentuais na taxa de vacância no comparativo de três meses. Já as áreas das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, na região dos Jardins, registraram alta na taxa de vacância para edifícios Triple A, devido a uma entrega pontual de um edifício de médio porte.

FONTE: https://secovi.com.br/